Entre 6 e 12 de outubro, o Centro Nacional de Cultura promove mais uma semana Cultura No Chiado:
sete dias intensivos para dar a conhecer e promover o riquíssimo património do Chiado.

Contamos com a sua participação!

Portas Abertas

visitas a locais emblemáticas do Chiado
com inscrição prévia e limite de participantes

No edifício exemplar da arquitetura romântica situado na Rua Ivens, instalou-se, em 1875, o Grémio Literário, um dos mais importantes clubes culturais de Lisboa, cuja vitalidade se mantém nos nossos dias. Figuras de referência da cultura portuguesa do séc. XIX e XX fizeram desta instituição uma marca do Chiado.

Instalada no Chiado desde 1877, a Joalharia Leitão & Irmão foi famosa como fornecedora da Casa Real Portuguesa. Sendo ainda hoje uma referência neste ramo, propomos uma visita às suas oficinas, para dar a conhecer o modo de funcionamento e as técnicas utilizadas nesta arte.

Uma das Lojas com História do Chiado, a Farmácia Barreto está em atividade desde 1876 e mantém, no seu interior, as ambiências das requintadas farmácias de início do século passado. Vamos conhecer a sua história, a história dos medicamentos em Portugal e descobrir o que se faz no seu laboratório-museu.

Instalada, desde 1836, no espaço do antigo Convento da Trindade, foi aqui que começou por funcionar a primeira Fábrica de Cerveja no país e, em 1840, através da venda de cerveja ao balcão, a copo, a primeira Cervejaria. O seu sucesso eleva-a, em 1854, a fornecedora oficial da Casa Real. Foi um dos locais de Lisboa famoso pelos jogos de dominó e pelas tertúlias de escritores, jornalistas e políticos. É uma referência na gastronomia da cidade e um símbolo do gosto milenar dos portugueses pela cerveja.

Com obras recentes de ampliação e requalificação, aqui poderemos apreciar as melhores vistas sobre a cidade, num itinerário pelos espaços que conjugam a arte de bem acolher e uma herança cultural muito rica, que caracteriza o bairro Alto Hotel.

A Estação Ferroviária do Rossio é considerada a maior obra de engenharia a nível nacional do século XIX. Esta grande estação central da capital, à data da sua inauguração, integrava um conjunto alargado de outras realizações urbanas e ferroviárias que marcaram fortemente a geografia desta zona da cidade, um dos eixos políticos e económicos de Lisboa.

Projetada pelo Arqº Porfírio Pardal Monteiro no início do século passado, a construção da Estação do Cais do Sodré é o culminar de um processo de modernização ferroviária, caracterizado pela eletrificação da Linha de Cascais e a adoção de soluções técnicas inovadoras como a frenagem e a engatagem automáticas.

Inscrição prévia através do e-mail crgomes@cnc.pt ou do telefone 213 466 722

Encontros à Esquina

passeios a pé no Chiado
com inscrição prévia e limite de participantes

No ano em que comemora 80 anos, o Centro Nacional de Cultura volta a abrir portas para dar a conhecer as suas memórias e a sua história, que também fazem parte do património cultural do nosso país.

O Chiado congregou nas suas artérias alguns dos mais notáveis místicos e astrólogos. É essa linhagem que pretendemos evocar: desde a famosa Madame Brouillard (1852-1925), à contemporânea e mediática Maria Flávia de Monsaraz (1935-2019), passando por Fernando Pessoa (1888-1935), Maria Emília Vieira (1897-1998) – astróloga e amante de Salazar –, Alberto Vaz da Silva (1936-2015) e Paulo Cardoso (n. 1953). Revelando o seu trabalho e os seus ideais espirituais, passaremos pelos locais em que atenderam, ensinaram ou moraram.

Foi no Chiado que Rafael Bordalo Pinheiro viveu, no largo que hoje tem o seu nome. E o Chiado foi naturalmente desenhado por Bordalo nos seus jornais, levando-nos a novos e surpreendentes olhares sobre a cidade, a sua evolução urbanística, os seus melhoramentos, o seu ambiente social, onde os janotas se cruzavam com os tipos mais populares, mas também sobre a cidade como metáfora de uma vida política e social sempre em ebulição.

A Muralha Fernandina e as portas de entrada na Lisboa medieval são uma marca importante da defesa da cidade, mas também da sua geografia, do seu crescimento e da sua riqueza. No Chiado temos vários dos seus vestígios que nos conduzem pela surpreendente história da nossa cidade.

Uma oportunidade de recuar no tempo até às origens de Lisboa e conhecer o papel fundamental dos Conventos do Carmo e da Trindade ao longo do seu tempo: a sua ação interventora nos domínios social e cultural, mas, fundamentalmente, na organização de uma urbanidade muito própria através do primeiro grande crescimento do perímetro urbano. Um convite para revisitar vivências religiosas, evocar figuras cimeiras da História e relembrar a maior tragédia por que passou a cidade.

Durante décadas, o roteiro das melhores lojas da cidade fez-se no Chiado. Local privilegiado para ir às compras, aqui encontramos ainda casas centenárias cheias de histórias para contar.

As Igrejas dos Mártires, Santíssimo Sacramento, Encarnação e Loreto marcam a paisagem urbana do Chiado e a cultura lisboeta. A elas fazem referência alguns dos grandes escritores portugueses nas suas obras. Com histórias diferentes e caraterísticas particulares, as três superaram a difícil experiência do terramoto de 1755 e são, ainda hoje, ponto de paragem obrigatório da cidade.

Inscrição prévia através do e-mail crgomes@cnc.pt ou do telefone 213 466 722

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Maria Flávia de Monsaraz (1935-2019) formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou na Escola Superior de Artes Decorativas, em Paris, tendo introduzido em Portugal um novo tipo de tapeçaria, a “Nova Tapeçaria”. A partir dos anos 70, começou a interessar-se por Astrologia, tendo fundado, em 1987, o Quiron – Centro Português de Astrologia onde, durante 3 décadas, ensinou e divulgou esta disciplina.
A celebração do seu 90.º aniversário no CNC deve-se ao facto de ter sido Alberto Vaz da Silva, figura marcante na história desta casa, a iniciá-la na Astrologia, apresentando-a ao pensamento e obra de Dane Rudhyar (1895-1985), que viria a ser a sua principal referência nesse âmbito. Moradora no Chiado, numa casa apalaçada em que Eça de Queirós, amigo do seu pai, o conde de Monsaraz, deu morada ao literário conselheiro Acácio, Maria Flávia frequentava, desde jovem, as sessões culturais do CNC. Pela sua escola, sediada entre 1997 e 2015 na sua casa, passaram milhares de alunos.
Nesta celebração, organizada e moderada por João Moreira dos Santos, participam como oradores convidados Conceição Pinho, José Augusto, Luís Resina e Sofia Moraes. Será exibido um documentário da autoria de João Moreira dos Santos, realizado por Fernando Mendes, que evoca o pioneirismo da homenageada. O programa inclui ainda dois momentos musicais, a cargo de Helena Carvalho Pereira (soprano lírica) e Sofia Hoffmann (sitar).

A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia através do e-mail crgomes@cnc.pt

Em parceria com a Joalharia do Carmo, vamos retomar este workshop onde os participantes terão a possibilidade de aprender a arte da Filigrana com mestres artesãos, ourives e enchedeiras. Uma oportunidade para descobrir como são feitas estas joias e quais as técnicas especializadas dos mestres filigraneiros numa viagem pelas memórias e pela história destes artesãos, na primeira pessoa.
No dia 9 de outubro, entre as 10h30 e as 17h15. Cada sessão tem a duração de 45 minutos e podem participar duas a três pessoas de cada vez.

Inscrição prévia obrigatória através do e-mail geral@joalhariadocarmo.pt
Disponibilidade sujeita à lotação de cada sessão.

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Cultura No Chiado  conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa

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