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Teatro
São Luiz Teatro Municipal
Rua António Maria Cardoso, 38, 1200-027 Lisboa

Sou uma Ópera, um Tumulto, uma Ameaça

Criação de Cristina Carvalhal, é uma história com outras histórias dentro ou como contar uma história ou sobre a nossa cabeça quando tentamos contar uma história.

quarta a sábado, 19h30; domingo, 16h
Sala Mário Viegas
€12 (com descontos)
Sessão com interpretação em Língua Gestual Portuguesa
10 outubro, domingo 16h

Em casa dos meus pais havia um menino que vivia debaixo da minha cama. Ele lançava fogo pela boca. Eu queria voar, como ele, e lançar fogo pela boca. Eram esses os meus desejos mais íntimos, mas eram proibidos, ou eu sentia que eram proibidos. Demorei muito tempo, muito muito tempo, a autorizar-me a mim própria a voar e a lançar fogo pela boca.

Uma escritora obcecada pelo funcionamento da mente consciente, a artista-plástica-personagem do romance que está a escrever e Margaret Cavendish, a filósofa-investigadora-romancista do século XVII que lhe assombra os dias, são algumas das figuras evocadas nesta história. Se o discurso artístico pode ser considerado, por natureza, um discurso contra-corrente, porque é que ainda assim, no seu seio, se mantêm e se reproduzem determinados estereótipos? Uma cadeia de associações subliminares que remonta aos antigos gregos, parece continuar a ligar masculino, intelecto, alto, duro, espírito e cultura, por oposição a feminino, corpo, emoção, suave, baixo, carne e natureza. Sou uma Ópera, um Tumulto, uma Ameaça, criação de Cristina Carvalhal, é uma história com outras histórias dentro ou como contar uma história ou sobre a nossa cabeça quando tentamos contar uma história. Uma fantasia, uma paisagem mental, baseada em O Mundo Ardente, de Siri Hustvedt.

CRIAÇÃO Cristina Carvalhal
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO Alice Azevedo
CENÁRIO E FIGURINOS Nuno Carinhas
INTERPRETAÇÃO Inês Rosado, Manuela Couto, Rosinda Costa, Sílvia Filipe
LUZ Rui Monteiro
SOM Sérgio Delgado
PRODUÇÃO EXECUTIVA Sofia Bernardo
COPRODUÇÃO Causas Comuns e São Luiz Teatro Municipal