Ao longo da história da humanidade a necessidade de proteção do grupo ou tão simplesmente do indivíduo, levou à incorporação de um intricado sistema relacional de entidades naturais e espirituais que serviriam para realização de magia benigna para resolver uma variedade de problemas, tais como encorajar a procriação, proteção contra a doença, contra a feitiçaria, a magia negra, a guerra e ainda para a preservação das pretensões territoriais de cada tribo.
Essas entidades ganhavam consoante as culturas uma tridimensionalidade e uma variedade de identidades de género que espelhava a relação de poder existente nessas sociedades “ancestrais”.
A peça que destacamos da coleção do Museu da Farmácia, é um exemplar antropomórfico híbrido com pelo de animal na cabeça característico da construção sócio-cultural de cariz aterrador “mankishi” da cultura Songe (Congo) protetora e desafiante dos problemas do quotidiano.
Nesta última conversa do Ciclo de Conversas Sobre Sexualidade participam Ana Paula Assunção (museóloga e historiadora), Ana Pérez-Quiroga (artista plástica), Emília Ferreira (Diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea), Miguel Bonneville (artista multimédia) e Patrícia Pascoal (psicóloga clínica, psicoterapeuta, terapeuta sexual e Presidente da SPSC-Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica).
O Ciclo de Conversas sobre Sexualidade é uma iniciativa coordenada por João Neto, Diretor do Museu da Farmácia e conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e da World Association for Sexual Health.
Informações: museudafarmacia@anf.pt
www.museudafarmacia.pt