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Música
Teatro Nacional de São Carlos
R. Serpa Pinto 9, 1200-442 Lisboa

Mozart, Copland e Schubert em concerto no São Carlos

José Eduardo Gomes dirige o concerto de sábado, que terá na trompa e no clarinete as estrelas em destaque.

Os solistas, Paulo Guerreiro e Cândida Oliveira, são músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa e asseguram, neste programa, os solos escritos por Mozart e Copland. A 5ª de Schubert completa o concerto.

O Concerto em Mi bemol Maior K. 417 de Mozart, o segundo da série de quatro concertos para trompa e orquestra, foi terminado em 1783, dez anos antes da abertura do Teatro de São Carlos. É o único dos quatro concertos a ter trompas em ripieno, isto é, trompas não solistas incluídas na orquestra.

A Sinfonia n.º 5 de Schubert teve a primeira audição pública em Viena apenas em 1841, treze anos após a morte. Fora composta em 1816 e nela Schubert sintetizou a sua linguagem – clareza formal, riqueza contrapontística, transparência de orquestração, além da habitual riqueza melódica – e assumiu o modelo mozartiano. O compositor vivia então um período de grande entusiasmo pelo autor de D. Giovanni. No seu diário desse ano de 1816 escreveu: «Mozart! Imortal Mozart! Como soubeste imprimir nas nossas almas impressões de uma vida mais luminosa e melhor!».

O Concerto para clarinete de Copland foi escrito entre 1947 e 1949 e surgiu por encomenda do conhecido clarinetista de jazz Benny Goodman, que viria a tocar o concerto várias vezes (e a gravá-lo) sob a direção de Copland; este, aliás, considerava a gravação que os dois fizeram do concerto o seu melhor registo de sempre. A obra depressa se estabeleceu no repertório de todos os grandes clarinetistas. Copland, naturalmente, incorporou muitos elementos do universo do jazz neste concerto: o final, uma coda que termina com um glissando do clarinete, é uma óbvia homenagem.