Depois de quatro semanas de residência, primeiro no espaço L’Obrador, em Deltebre, Espanha e depois nos EVC, em Lisboa, os três artistas moçambicanos partilham agora com o público uma forma, que não sendo a final, reflete o lugar onde estão no seu processo de criação.
Interessados em explorar as especificidades dos percursos de cada um nas suas diferenças e semelhanças – os lugares onde cresceram, as pessoas com quem estabeleceram relações e as danças tradicionais que aprenderam e dançam ainda hoje – Francisca Mirine, Leia Mabasso e Vasco Sitoe apresentam “(identidade oculta)”, uma proposta coreográfica de ocultação e de revelação. É a partir desse gesto duplo de encobrir e de fazer aparecer (e de nos dar a ver) os seus corpos, as suas biografias e as suas opiniões, e o contexto social e político em que vivem, que pensam a relação entre arte, tradição e poder.
Neste encontro propõe-se uma apresentação informal do trabalho desenvolvido pelo coletivo de artistas moçambicanos, seguida de uma conversa com o público moderada por David Marques.