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Exposições
Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Rua Capelo, 13 1200-444 Lisboa

Exposição de Harri Palviränta no MNAC

No âmbito do Imago Lisboa Photo Festival, que este ano gravita em torno do conceito de “Distúrbios.


IMAGO LISBOA PHOTO FESTIVAL

HARRI PÄLVIRANTA

Em 2022, a 4ª edição, gravita em torno do conceito de Distúrbios.

A atual sociedade tem vivido, ciclicamente, momentos perturbadores de diferentes intensidades e tipologias. Naturalmente que a atual pandemia foi, provavelmente, o colmatar do maior distúrbio do pós II Guerra Mundial. A sua dimensão teve uma globalidade nunca outrora existente, revelando muitas das fragilidades dos sistemas políticos e económicos, mas, também revelando a capacidade de resposta da comunidade científica internacional. Mas para além desta pandemia, são muitos outros distúrbios que o planeta enfrenta. A poluição e recorrentes desastres ecológicos têm estado na agenda de várias cimeiras; a violência social e doméstica tem feito várias manchetes; os distúrbios mentais e físicos têm aumentado; as migrações resultantes de fuga às guerras e à escassez de meios de subsistência; escândalos financeiros, são muitos os exemplos de possível abordagem, estudo e reflexão.

 

Espancados

Brigas, escaramuças e lutas de rua são ocorrências frequentes à noite, durante o fim-de-semana na Finlândia. Há uma tendência forte para ficar alcoolizado em festas e saídas noturnas, e uma vez alcoolizadas, as pessoas libertam-se de certas inibições. As agressões tornam-se físicas, e resultam em violência. 

O problema é reconhecido pela sociedade finlandesa, e é considerado grave. Mas o debate não vai além da dimensão literal, faz as parangonas nos jornais e é discutido em seminários. Não há imagens destas ocorrências. 

Ao fotografar ataques e agressões, Harri Pälviranta pretende mostrar as faces reais da violência de rua na Finlândia. Em contraste com os retratos estereotipados de heroísmo masculino e tentativas gastas de chocar o público, Pälviranta está interessado em lidar com a extrema banalidade inerente à violência. O que lhe parece mais perturbador que qualquer uma das representações dos golpes e ferimentos é a natureza cotidiana da violência de rua, e a atitude de laissez-faire em relação a ela que predomina na sociedade finlandesa.

Harri Pälviranta – harripalviranta.com/

“Battered”; “Choreography of Violence”; “News Portraits”