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COLOR CODICE da artista francesa Françoise Sémiramoth

Até 19 de novembro encontre disponível online a nova exposição de Françoise Sémiramoth, exposição que obteve uma grande crítica da escritora, Maryze Condé, galardoada com o The New Academy Prize in Literature, um prémio alternativo ao Nobel da Literatura em 2018.

Na exposição Color Codice, Françoise Sémiramoth carrega o espectador pra um outro mundo baseado numa realidade muitas vezes difícil de definir. Através da experimentação da cor Françoise explora de uma forma menos tradicional a utilização da sombra e da luz, um trabalho inspirado no chiaroescuro, marca autoral do pintor barroco, Caravaggio.

Não só a técnica, mas também os temas da marginalização chamaram a atenção da artista, que cresceu numa colónia francesa, de uma forma íntima e que viu em Caravaggio uma ligação misteriosa à sua terra natal.

“COLOR CODICE poderá fazer referência às minhas origens, mas também a uma noção histórica. A recontextualização de uma obra dita “clássica” por meio de cores e formas modifica o significado e a mensagem. Refere a pintora que apresenta na exposição uma reprodução única dos quadros Conversa a caminho de Damascus e Mestre Italiano Barroco de Caravaggio.

Em “Françoise Sémiramoth cannibaliza Caravaggio” de Maryse Condé (2020) a autora afirma: “Alguém pode perguntar-se por que Françoise Semiramoth ataca esse pintor, Caravaggio, que laços a unem a esta pintura devastadora e muitas vezes escura? Só podemos formular uma série de hipóteses. Em primeiro lugar, o personagem de Caravaggio seduz e espanta, principalmente o colonizado a quem toda forma de obediência repele. Ele não era o modelo que se espera de um pintor, de um intelectual. Ele estava envolvido em querelas e conhecia a prisão. Esta vida de revolta confere ao autor um carácter de recusa, de rebelião.”

Em Color Codice testemunhamos que mesmo ao longo do tempo e da diferença de género existe uma filiação secreta que resiste à definição e à razão.

Exposição com a curadoria de Krystel Ann Art
Krystel Ann Art, curadora da exposição, é uma galeria e agência de arte contemporânea que compreende na sua estrutura um leque de artistas internacionais como Rubem Robierb, Marcos Marin , Philippe Pasqua, Kongo e ainda o artista português Vhils. Os seus laços com a artista Madonna serviram de grande impulso para a agência na promoção da arte e da cultura de origem africana.

Poderá aceder à exposição AQUI