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Teatro
28 jun a 5 jul 2025
São Luiz Teatro Municipal
Rua António Maria Cardoso, 38, 1200-027 Lisboa

Livro XI das Confissões de Santo Agostinho

O Livro XI das Confissões de Santo Agostinho constitui-se como um dos livros mais emblemáticos da chamada segunda parte das Confissões (Livros X-XIII).

Aí, a perspetiva do autor não é memorialista e autobiográfica, mas genológica, i. e., sobre o ato presente da narração do passado na primeira pessoa e do compromisso de verdade possível com essa narrativa ou confissão, considerado o funcionamento complexo da memória e a coragem e estultícia de sobre nós falarmos a quem sobre nós e sobre tudo mais sabe, e ensaística, ou seja, centrada no debate interno de questões teológicas e filosóficas.

No caso do Livro XI, Agostinho debate-se com duas questões que relaciona entre si: que momento é esse que reúne e contém todos os tempos e coisas e se condensa no ato da criação e que coisa é o tempo. Independentemente das respostas a esta demanda, o que emerge do texto do autor é a progressão de um discurso cuja coerência e beleza advêm não tanto do seu caráter sistemático, mas de uma metodologia da hesitação que não abdica de se colocar novas interrogações, quando parece ter atingido o consolo hermenêutico de uma verdade.

FICHA TÉCNICA
Encenação, Desenho de Luz e Figurinos Jean Paul Bucchieri Com Cláudio da Silva, João Lagarto, João Pereira, Maria Arriaga e Pedro Lacerda Dramaturgia David Antunes Cenografia Pedro Lagrifa Oliveira Assistência de encenação Lúcia Pires Apoio e residência artística Ajidanha, Teatro Estúdio São Veiga, Idanha-a-Nova Coprodução Horta Seca e São Luiz Teatro Municipal

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