No dia 22 de fevereiro, a partir das 21h, o palco do Teatro Nacional de São Carlos será partilhado por músicos, coralistas, bailarinos e foliões mascarados, numa grande celebração de Carnaval pautada pelas valsas, polcas e operetas de Strauss – Pai e Filhos – e Lehár.
Este ano, o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) abre as suas portas para festejar o Carnaval e convida o público a mascarar-se e a subir ao palco para dançar a música interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direção do maestro Pedro Neves.
O repertório festivo inclui obras de Johann Strauss I, Johann Strauss II, Josef Strauss e Franz Lehár e parte do programa será também interpretado pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos.
A Companhia Nacional de Bailado que, juntamente com o TNSC, é gerida pelo Organismo de Produção Artística (OPART) estará também presente nesta noite especial, com a interpretação de uma das cenas mais emblemáticos do bailado O Quebra-Nozes, de Mehmet Balkan: a Valsa das Flores.
Com esta iniciativa, o OPART pretende recuperar a tradição dos grandes espetáculos festivos desta época e, simultaneamente, acolher o público num espaço do TNSC que geralmente é exclusivo dos intérpretes: o palco.
Retomar a tradição
A realização de espetáculos durante a época de Carnaval em São Carlos é uma tradição abundantemente documentada em publicações do início do século XX. Os jornais Ecos da Avenida, Diário de Notícias, Jornal do Comércio, Correio da Noite, em várias edições de 1902 por exemplo, assim como Raúl Brandão nas suas Memórias (1904), atestam o espírito folião vivido neste teatro.
Promover a fruição do edifício
Construído em apenas seis meses, o edifício do Teatro Nacional de São Carlos foi inaugurado em 1793 e classificado como Monumento Nacional em 1996.
Com traçado do arquiteto José Costa da Silva, claramente inspirado em dois grandes teatros italianos, o Scala de Milão e o San Carlos de Nápoles, o Teatro é dedicado à infanta espanhola Dona Carlota Joaquina de Bourbon que chegou a Portugal em 1790 para casar com o nosso futuro rei D. João VI.
A sala principal, de forma elíptica e de características rococó, tem capacidade para cerca de 850 lugares e é coroada por um esplendoroso camarote real desenhado pelo italiano Giovanni Appiani.
É essencialmente destinada a espetáculos de ópera e concertos sinfónicos e é no palco que viu triunfar grandes cantores como Adelina Patti, Maria Callas, Birgit Nilsson, Enrico Caruso e Plácido Domingo, entre muitos outros, que o público poderá dançar, na noite de 22 de fevereiro.
Ficha Artística
Teatro Nacional de São Carlos
22 de fevereiro de 2020
21h – 23h30
Direção Musical Pedro Neves
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro Titular Giovanni Andreoli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular Joana Carneiro
Johann Strauss II, Morgenblätter, Op. 279
Johann Strauss II, Annen-Polke, Op. 117
Johann Strauss II, Ritter Pázmán: Csárdás
Johann Strauss II, Kaier-Walzer, Op. 437
Johann Strauss II, Leichtes Blut, Polka schnell, Op. 319
Johann Strauss II, Egyptischer Marsch, Op. 335
Johann Strauss II, Geschichten aus dem Wienerwald, Op. 325
Johann Strauss II e Joseph Strauss, Pizzicato-Polka
Johann Strauss II, Perpetuum mobile, ein musikalischer Scherz, Op. 257
Johann Strauss II, Die Fleidermaus: Abertura
Johann Strauss II, An der schönen blauen Donau, Op. 314
Johann Strauss II, Radetzky-March
Johann Strauss II, Die Zigeunerbaron: Hurra, die Schlacht mitgemacht
Franz Lehár, Die lustige Witwe: Introdução, Dança e Vilja
Franz Lehár, Die lustige Witwe: Lippen Schweigen
Franz Lehár, Giuditta: Meine Lippen, sie küssen so heiss
Artistas da Companhia Nacional de Bailado
Piotr Ilitch Tchaikovski, O Quebra-Nozes: Valsa das Flores
Coreografia Mehmet Balkan
Informações Adicionais:
– O público deverá vir trajado com uma fantasia de Carnaval;
– Será servido um pequeno cocktail no Salão Nobre (incluído no preço do bilhete):
– Preço único: 50€;
– A festa decorre entre as 21h e as 23h30;
– Classificação etária: M/12