Agenda

Teatro
São Luiz Teatro Municipal
Rua António Maria Cardoso, 38, 1200-027 Lisboa

TERRA BATIDA: Apresentação da rede & lançamento Jornal Mapa

Bilhetes disponíveis a partir das 13h do dia de cada evento, na bilheteira do Teatro São Luiz (física ou online). Serão entregues no máximo 2 bilhetes por pessoa.

Terra Batida é uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono. O conhecimento singular e local de conflitos socioambientais, aliado à ação em rede, convocam resistência aos abusos extrativos e também pedem cuidado: para especular e fabular, para construir visões e vidências sensoriais entre mundos exauridos e exaustos. Todos os eventos do Terra Batida no Alkantara Festival são de entrada livre.

Em 2020, Terra Batida enreda intervenientes das áreas da dança, cinema, performance e artes visuais com cientistas, cooperativas e ativistas com residências nas regiões de Ourique, Castro Verde, Montemor-o-Novo, Aveiro, Ílhavo e Gafanha da Nazaré. Nas residências partiu-se do acompanhamento de contextos específicos em Portugal para pensar e operar em múltiplas escalas. No contexto alentejano, discutiu-se desertificação, agricultura superintensiva e a concomitante extração de trabalho migrante, minas desativadas e tóxicas, mares de estufas litorais, a falta de água e de gente, a conservação de espécies e outras formas de resistência comunitária. Na região de Aveiro, problematizou-se a erosão acelerada da linha costeira, o tráfego portuário, a subida do nível dos mares e a indústria de celulose. Estes problemas são matéria de conflitos sociais, raciais e interespécie.

Ao longo do Alkantara Festival 2020, a rede Terra Batida propõe um conjunto de momentos para partilha de perfomances, pesquisas e encontros no São Luiz Teatro Municipal. Neste primeiro momento de apresentação, as proponentes da rede Marta Lança e Rita Natálio conversam sobre o processo de trabalho que decorreu ao longo de 2020, as propostas em apresentação no Alkantara Festival, assim como os materiais de documentação e as perspectivas futuras de ampliação e posicionamentos desta rede.

Apresentam ainda, com o Arqueólogo e Jornalista Samuel Melro, o número especial do Jornal Mapa feito em colaboração com a rede Terra Batida.

O Mapa é um projeto de comunicação mas também um território de resistência em tempos de guerra. Através da informação, debate e discussão, propõe-se a desenvolver a crítica enquanto alimento do pensamento e de práticas de autonomia e liberdade em todos os aspetos da vida. Não está contido na zona de influência de grupos económicos ou partidos políticos de qualquer cor ou sabor. Mapa publica notícias, reportagens, investigações, crónicas, fotos, ilustrações, banda desenhada, com um olhar atento aos problemas ambientais em territórios próximos e mundiais.

Proposta rede Terra Batida: Marta Lança e Rita Natálio
Propostas artísticas: Ana Rita Teodoro, Joana Levi, Maria Lúcia Cruz Correia, Marta Lança, Rita Natálio, Sílvia das Fadas, Vera Mantero
Diálogos: Bruno Caracol, Inês Catry (com Marta Acácio), João Madeira, João Prates Ruivo, Luísa Homem, Maria Inês Gameiro, Margarida Mendes, Miguel Rego, Samuel Melro, Sílvia das Fadas, Teresa Castro
Encontros: Comunidade dos Aivados, Cooperativa Integral Minga Montemor, Circuito Arqueológico de Castro Cola, Herdade Freixo do Meio, Fonte de Água Santa de São Miguel, Herdade Monte dos Gregórios, Passeio de Identificação de Plantas Comestíveis e Medicinais (Évora), Projeto conservação de aves estepárias (Campo Branco)
Proposta cénica: Leticia Skrycky
Equipa editorial plataforma digital: Marta Mestre, Margarida Mendes
Design e criação plataforma digital: ATLAS projetos/Nuno da Luz
Parceria media: Jornal Mapa, BUALA
Produção executiva: Associação Parasita
Produtora: Claraluz Keiser
Coprodução: Alkantara
Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Ourique, Câmara Municipal de Aveiro
Residências: Monte das Doceitas, Espaço do Tempo, Alkantara, Estúdios Victor Córdon, 23 Milhas, Not a Museum, CCB, Penh Asco

Parasita e Alkantara são estruturas financiadas pela República Portuguesa-Ministério da Cultura/ Direção-Geral das Artes


[EN]

Tickets are available from 1 pm on the day of the event at the Teatro São Luiz (in person or online). Limited to two tickets per person.

Terra Batida is a constellation of people, practices and knowledge taking a stand against ecological violence and politics of abandonment. Local knowledge of socio-environmental conflicts combine with an active network to resist extractive abuses and to practice care — to speculate, fabulate, and build visions and reflections of the future for our weary, worn-out worlds. All Terra Batida events are free to attend.

In 2020, Terra Batida brings participants from dance, film, performance and visual arts into collaboration with researchers, members of cooperatives and activists in Ourique, Castro Verde, Montemor-o-Novo, Aveiro, Ílhavo, and Gafanha da Nazaré. These specific, local starting points in Portugal are a springboard for thinking and operating at multiple levels. In Alentejo, the discussion is about desertification; super-intensive farming and related extractive practices around migrant labour; toxic, deactivated mines; seas of greenhouses on the coast; the lack of water and people; and the conservation of native species and other forms of community resistance. In Aveiro, questions address the rapid erosion of the coastline, port traffic, rising sea levels, and the celulose industry. These problems are at the crux of social, racial and interspecies conflict.

At the Alkantara Festival, Terra Batida presents a programme of performances, research sessions, and talks at São Luiz Teatro Municipal. In this first meeting, Marta Lança and Rita Natálio present the project, its events at the Alkantara Festival, and its future.

Jornal Mapa – Terra Batida Special Edition
with Samuel Melro

In this conversation, Samuel Melro (archeologist and Mapa member) discusses the editorial project and articles in this special edition of Jornal Mapa, produced in collaboration with Terra Batida.

Mapa is a media project and a place of resistance in times of war. Through information, debate, and discussion, Mapa develops criticism as a way to nourish thought and the practice of autonomy and freedom in all aspects of life. Mapa is not connected to any economic group or political party. Mapa publishes news articles, reports, investigative journalism, chronicles, photos, illustrations, and cartoons, with an attentive look at environmental problems in territories near and far.

Proponents of the Terra Batida network: Marta Lança, Rita Natálio
Artistic proposals: Ana Rita Teodoro, Joana Levi, Maria Lúcia Cruz Correia, Marta Lança, Rita Natálio, Sílvia das Fadas, Vera Mantero
In dialogue with Bruno Caracol, Inês Catry (with Marta Acácio), João Madeira, João Prates Ruivo, Luísa Homem, Maria Inês Gameiro, Margarida Mendes, Miguel Rego, Samuel Melro, Sílvia das Fadas, Teresa Castro
Research visits: Comunidade dos Aivados, Cooperativa Integral Minga Montemor, Circuito Arqueológico de Castro Cola, Herdade Freixo do Meio, Fonte de Água Santa de São Miguel, Herdade Monte dos Gregórios, Passeio de Identificação de Plantas Comestíveis e Medicinais (Évora), Projeto conservação de aves estepárias (Campo Branco)
Stage proposal: Leticia Skrycky
Editors, digital platform: Marta Mestre, Margarida Mendes
Design and creation, digital platform: ATLAS projetos/Nuno da Luz
Media partners: jornal Mapa, BUALA
Produced by Associação Parasita
Executive producer: Claraluz Keiser
Coproduced by Alkantara
Support: Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Ourique, Câmara Municipal de Aveiro
Residencies: Monte das Doceitas, Espaço do Tempo, Alkantara, Estúdios Victor Córdon, 23 Milhas, Not a Museum, CCB, Penh Asco

Parasita and Alkantara receive funding from República Portuguesa–Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes